Queridos irmãos e irmãs da Diocese de Catanduva,
“a vós graça e paz, da parte de Deus o Pai e do Senhor nosso, Jesus Cristo”
No último dia 23 de junho, fui notificado pela Nunciatura Apostólica no Brasil que o Santo Padre, o Papa Francisco, havia me escolhido e designado para ser o vosso Bispo diocesano. Hoje, dia 10 de julho, com a publicação em Roma do ato de nomeação, a notícia chega até vós. Em sua solicitude para com todas as Igrejas, o Sucessor de Pedro foi buscar na Arquidiocese de Brasília, o terceiro bispo diocesano para a jovem Igreja de Catanduva, pela qual já trilharam a via do pastoreio bispos dignos de menção: Dom Antônio Celso de Queirós, Dom Otacilio Luziano da Silva e, ultimamente, na qualidade de administrador apostólico, Dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues. Sou muito grato a Deus por aqueles que me precederam no episcopado em Catanduva. Em suas pegadas quero continuar o caminho já começado, e ajudar esta parcela do Povo de Deus a não esmorecer, ainda que dificuldades se façam enormes e pesadas. Aos meus predecessores saúdo afetuosamente, peço que me abençoem, e que me concedam o privilégio da amizade, de seus sábios conselhos e valiosa ajuda.
Saúdo o nosso metropolita, Dom Moacir Silva, e os bispos diocesanos e eméritos de Barretos, Franca, Jales, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto e Votuporanga, os quais compõem, com Catanduva, a Província Eclesiástica de Ribeirão Preto.
Apresento-me às autoridades civis e militares constituídas nas cidades que fazem parte da Diocese de Catanduva. Ao saudá-los, peço que nos ajudemos mutuamente na construção de tempos melhores para o bem daqueles que nos foram confiados, sobretudo os empobrecidos, ou que se encontrem nas variadas outras periferias existenciais, para citar o nosso Papa Francisco.
Aos padres, que formam o presbitério a serviço da Igreja em Catanduva, apresento minhas cordiais saudações. Venho para somar, e para ajudar o presbitério diocesano a perseverar em fidelidade, recordando-me o ensinamento do autor da carta aos Hebreus, “é de perseverança que temos necessidade” (Heb 10, 36). Contem sempre comigo como pai, amigo e irmão. Espero poder sempre contar com todos, seja nos momentos de alegria, seja naqueles onde a obediência “ao Pastor de nossas almas” (1Pe 2, 25) nos custar um pouco mais. O tempo proporcionará que nos conheçamos melhor e nos amemos cada vez mais. Permitam-me pedir-lhes desde agora: trabalhemos pelas vocações, lembrados de que “a vocação é a resposta de Deus providente à comunidade suplicante”. Rezemos e trabalhemos pelo aumento das vocações, de santas e numerosas vocações.
Aos membros da vida consagrada, masculina e feminina, manifesto minha proximidade e admiração pelo testemunho que oferecem em nossa Igreja particular. Reconheço na riqueza carismática de cada uma de vossas famílias religiosas a gentileza de Deus para com a Diocese de Catanduva. O melhor apostolado dos religiosos é o testemunho mesmo de suas vidas consagradas (c. 673). Obrigado, então, por oferecê-lo entre nós.
Aos nossos seminaristas, uma palavra de carinho. Que possam aproveitar bem de quanto os nossos seminários oferecem. Precisamos de padres “segundo o coração de Jesus”. Contem com minha paternal presença e amizade. Continuemos juntos a escrever a bela história da evangelização em Catanduva e região, sempre oferecendo “testemunho evangélico de qualidade”.
Ao Povo de Deus, aos fiéis leigos e leigas que a bondade de Deus está confiando aos meus cuidados pastorais, minha cordial e efusiva saudação. Dentro de mais uns poucos dias iremos nos ver e nos conhecer pessoalmente; contudo, saibam que desde o momento mesmo em que recebi a notícia de que iria servi-los como bispo diocesano, cada um dos fiéis se encontra em meu coração, em minhas orações cotidianas. Espero poder contar com a compreensão e colaboração de todos. O meu desejo é que construamos juntos. Quero ser pai e pastor, construindo unidade, respeitando as particularidades. Por favor, me ajudem neste projeto.
Aos cristãos das variadas denominações religiosas presentes na Diocese, bem como a todas as pessoas de boa vontade, a minha saudação. No respeito recíproco, busquemos antes o que nos une do que aquilo que nos separa.
Convido a todos para, no sábado, dia 31 de agosto, em horário ainda a ser definido, participem comigo das alegrias do início de meu ministério episcopal em Catanduva.
Confio à proteção da bem-aventurada Virgem Maria, invocada na Sé Catedral de Catanduva como “Nossa Senhora Aparecida”, a missão que a Igreja me confia. Peço, igualmente, que São Domingos de Gusmão, padroeiro diocesano, rogue por cada um de nós.
Que Deus no abençoe e nos guarde em seu santo serviço.
Dom Valdir Mamede
Bispo eleito de Catanduva